Olha o universo Pokémon!

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O desdobramento de mídias entre outras mídias é algo que vem acontecendo com muito mais frequência após a globalização. Um projeto pensado inicialmente para uma plataforma pode vir a ser adaptado em outro tipo de mídia, e por assim vai. Algo como um jogo, que pode acabar virando um filme, ou vice-versa, isso acaba fazendo com que o produto tenha mais visibilidade e alcance um número maior de visualizações.

O projeto Sutura é um exemplo desse tipo de pensamento multimidiático. Pensado inicialmente como um curta-metragem interativo com certos momentos de escape game, criamos uma página no Facebook como uma forma de divulgação, e isso acabou repercutindo como parte do projeto, quase como outra ramificação, coisa que não tinha sido pensada anteriormente, mas que acabou sendo adaptada e que se encaixou perfeitamente. O futuro blog que será feito, tendo o jogo disponível para todos, incluindo fotos de making-of; e o totem instalado no próprio Senac também são outros desdobramentos do projeto.

Pokémon

O universo da franquia Pokémon começou inicialmente com os jogos eletrônicos RPG Pokémon Red e Blue, para o vídeo-game portátil da Nintendo, o Game Boy, em fevereiro de 1996. Fruto de criação do programador japonês Satoshi Tajiri e seu amigo designer, Ken Sugimori, a série se expandiu de forma estrondosa, passando de jogos eletrônicos para mangás, um jogo de cartas estilo TCG (Trading Card Game), um anime que se estende até hoje, atualmente com 15 temporadas, além de seus 14 filmes já lançados.

“Em tempos desconhecidos, criaturas estranhas apareceram nesse planeta. Nós os chamamos de Pokémon. Por muitos anos, incontáveis espécies de Pokémon se desenvolveram. Pesquisadores procuraram e identificaram centenas dessas criaturas. E ainda há muitas mais para serem descobertas. Muitas histórias foram passadas contando as extraordinárias aventuras que os humanos compartilham com seus amigos Pokémon. Também houve conflitos, mas através das eras, aprendemos a viver em harmonia e assim a história continua…” – Trecho inicial do filme Pokémon 8: Lucario e o Mistério de Mew.

Fora a repercussão que a série teve no mundo real, é importante pararmos para analisar ela a partir de seu interior. Esse trecho citado acima explica bem e de forma rápida e reduzida o que seriam esses tais Pocket Monsters (título do original em japonês, que posteriormente foi reduzido apenas a Pokémon).

Pokémons são criaturas de um mundo como o nosso, porém, por serem de um universo ficcional, elas têm poderes especiais. No entanto, apesar de serem diferentes, os Pokémons foram baseados em criaturas já existentes no mundo real, e que convivem conosco. Isso é facilmente notável se pararmos para comparar certos personagens com os animais que vivem a nossa volta. Não apenas animais, mas também objetos.

Animais como ratos, pássaros, gatos, cachorros, borboletas, lagartas, porcos, macacos, patos, cisnes, cobras, entre outros. Vários outros também entre velas, candelabros, ovos, fantasmas e outras criaturas não identificáveis.

150 Pokémons

Desafio vocês a dizer o nome de todos os 151 Pokémons da foto! (essa é fácil, vai..)

No entanto essa repercussão da série não tem apenas pontos positivos, muitos críticos, religiosos e protetores dos animais e da natureza ainda criticam a série por diversos motivos.

Pela maioria dos personagens se assemelharem a certos animais do planeta Terra, a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) criou uma paródia do jogo incentivando os jogadores a pararem de “maltratar os animais” (no caso, os Pokémons). Em uma versão extremamente exagerada, Pikachu e outros Pokémons das novas temporadas aparecem acorrentados, com machucados, cobertos de sangue e suplicando para pararmos com a tortura aos animais. Isso é apenas um de vários outros acontecimentos do mesmo gênero, que envolveram a série.

A coisa mais ridícula que eu já vi na minha vida...

A coisa mais ridícula que eu já vi na minha vida… (Clique na imagem para jogar)

Apesar de muitos não saberem, há diferenças entre essas adaptações feitas entre os vários tipos de mídia, como por exemplo, na adaptação do jogo eletrônico para o anime, quem conhece apenas o desenho animado não deve saber que um dos protagonistas da história,
Ash Ketchum, não existe no jogo. Ele foi feito apenas para que tivéssemos um personagem que mostrasse tudo o que há nesse mundo, no anime.

A série atingiu várias gerações, e marcou a infância de muitos. Obviamente tem um poder muito mais forte no Japão, lugar onde foi criada, porém com a criação do anime seus horizontes foram se expandindo, levando o mundo Pokémon para o ocidente. Nos Estados Unidos, o anime está entre os cinco desenhos animados mais assistidos de todos os tempos, perdendo apenas para Os Simpsons, O Rei do Pedaço, Arthur e South Park.

POR QUE FECHARAM? OH GOD WHYYYYYYY?

Para se ter uma ideia de como a série teve uma expansão gigantesca, podendo até ser comparada em partes com o modelo Disney de produção, no Japão existem lojas específicas (Pokémon Center, mesmo nome dado a um local da série) que são vendidos apenas produtos da série, e em 2005 a franquia também teve um parque de diversão temático móvel, o PokéPark, no Japão e em Taiwan. Além de rumores de que seria aberto um PokéPark nos Estados Unidos em 2013.

Apesar de a febre ter passado e de antigos fãs se revoltarem com a criação de cada vez mais personagens, a série continua forte, e continua crescendo cada vez mais.

Concluindo, o desdobramento entre diversos tipos de mídia é a forma mais fácil de conseguir abranger um maior número de público, e atingir mais pessoas. Quanto mais o material é redobrado em outras plataformas, esse material atinge aquele público que não necessariamente estão em contato com o primeiro tipo de mídia, portanto, é como criar novas ramificações, novos meios de, cada vez mais, ter seu material reconhecido por pessoas em contato com os mais diversos meios de comunicação.

Tenham um bom resto de dia. ♥